redeLEISH: terapias combinadas e padronização de ensaios clínicos para Leishmaniose Cutânea marcam 6ª reunião

Rio de Janeiro – 5 de agosto de 2019

No âmbito do Medtrop-Parasito/ChagasLeish 2019, Belo Horizonte recebeu a 6ª Reunião da Rede de Pesquisadores e Colaboradores em Leishmanioses (redeLEISH). O encontro teve a presença de 22 membros da plataforma virtual, dentre eles pesquisadores, representantes do Ministério da Saúde e da Organização Pan-americana de Saúde. A rede foi criada em 2015 com o objetivo de fortalecer o compartilhamento de informações sobre tratamento, diagnóstico e desenho de estudos clínicos para leishmaniose cutânea (LC).

A abertura do evento ficou por conta do diretor do programa de LC da DNDi, Byron Arana, que apresentou uma atualização de projetos desenvolvidos pela organização, enfocando principalmente os casos não complicados da doença (tratamentos de curto prazo). O pesquisador destacou o estudo de fase II da combinação de miltefosina com a termoterapia, que foi concluído recentemente. Também reiterou que a fase III do ensaio clínico ocorrerá em breve em quatro países: Brasil, Bolívia, Panamá e Peru, tendo Colômbia de backup.

“A ideia agora é determinar se a terapia combinada não é inferior ao tratamento padrão de primeira linha (antimoniato de meglumina, por 20 dias) e à própria monoterapia com miltefosina”, completou Arana.

Já a gerente sênior de Ensaios Clínicos de Leishmanioses para a América Latina, Joelle Rode, trouxe uma extensa revisão da literatura sobre estudos de LC conduzidos nas Américas, questionando os presentes sobre o tempo de acompanhamento de pacientes em ensaios de eficácia.

“A harmonização de dados foi nosso maior desafio neste trabalho, principalmente quanto às avaliações de cura. Alguns dados simplesmente não eram comparáveis por partirem de critérios distintos”, revelou Rode.

As barreiras de acesso, tema cada vez mais em voga quando se aborda doenças negligenciadas, fecharam a 6ª reunião da redeLEISH. Coordenadora do projeto, Mady Barbeitas traçou um panorama analítico que envolveu desde as dificuldades na produção de medicamentos, passando por entraves regulatórios, até a própria chegada dos fármacos às mãos das pessoas afetadas.

“Nós somos responsáveis por mudar uma prática clínica e torná-la uma política pública. Como, neste sentido, podemos atuar para que tenhamos um maior impacto na vida dos pacientes?”, questionou.

O Medtrop-Parasito ChagasLeish 2019 reuniu mais de 3 mil pessoas no campus da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. A DNDi teve ampla presença no evento e você pode conferir nossa cobertura especial aqui.

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